quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ouya



Há uma nova consola em preparação para chegar ao mercado, com um preço esperado de noventa e nove doláres. Já se encontram disponíveis imagens do protótipo, como se pode constatar um pouco acima.

O seu nome é Ouya e não está a ser preparada por nenhuma das três grandes companhias do sector (Nintendo, Sony, Microsoft) nem se trata de um ataque por parte da Apple. Este parece ser um projecto independente e que inclui nomes como Ed Fries, um dos grandes nomes da Microsoft nos tempos da primeira Xbox, e Yves Béhar, designer envolvido no projecto One Laptop per Child.


O surpreendente deste projecto, além de não estar ligado a nenhuma das grandes companhias, são as suas características: ser baseada no sistema operativo Android, ser um sistema aberto para o qual qualquer pessoa ou estúdio possa criar jogos e que os mesmos sejam gratuitos, ainda que seja só parte do jogo ou que o mesmo seja baseado em micro-transacções.

Igualmente surpreendente foi o interesse e apoio que o projecto despertou. Tendo iniciado uma petição no Kickstarter com o objectivo de demonstrar o projecto e angariar 950 mil doláres, em menos de um dia a soma foi ultrapassada, indo neste momento, passados 3 dias, em quase 4 milhões de dólares angariados!

Já foram divulgadas o que poderá vir a ser as especificações técnicas da consola, embora ainda haja espaço a alterações. No momento, são as seguintes:


  • Tegra3 quad-core processor 
  • 1GB RAM 
  • 8GB of internal flash storage
  • HDMI connection to the TV, with support for up to 1080p HD 
  • WiFi 802.11 b/g/n 
  • Bluetooth LE 4.0 
  • USB 2.0 (one) 
  • Wireless controller with standard controls (two analog sticks, d-pad, eight action buttons, a system button), a touchpad 
  • Android 4.0 

Eu fui dos que ficou bastante interessado no projecto, a premissa do mesmo é bastante interessante e a ser bem desenvolvido e apoiado, boas possibilidades de ser um projecto de qualidade. Contudo, os perigos também existem, como seja uma possível abundância de jogos de fraca qualidade e cópias de outros jogos, bem como o conseguir captivar jogadores fortemente enraizados nas suas consolas e nos seus serviços de distribuição digital.

Como em todas as consolas, o sucesso do projecto dependerá sobretudo da qualidade dos jogos produzidos para ela.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Shin Megami Tensei : Lucifer's Call

Chegou hoje aqui a casa esta pequena maravilha, inclusive com dois dias de antecedência. Passados anos e anos sem o ver à venda cá em Portugal e a loja onde normalmente fazia compras online nunca o ter, resolvi por fim passar pela Amazon e tratar do assunto.

Este é o terceiro capítulo da saga Shin Megami Tensei, tendo os dois primeiros títulos saido para a Snes. Além da série principal há ainda spin-offs de excelente qualidade, tais como o Devil Survivor, Digital Devil Saga e especialmente Persona.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Colecção vendida por um milhão de euros!

Probably the biggest game collection ever posted on Ebay has been snapped up for €999,999.99 (about £793,000, or $1.32 million).
It contains thousands of games, including every title ever made for a Sega platform. That includes the Saturn, Megadrive, Master System, Game Gear and Dreamcast.
It also includes every game ever released for a Nintendo platform, up until and including the GameCube. That includes the NES, SNES, Virtual Boy, N64, N64 DD, and Game Boy.
Many are still factory-sealed, including every game ever released on NEC systems.
Rare titles and contest-only games that were never on sale are included. As is all the hardware, too.
The extraordinary collection must be seen to be believed. The sale listing is still visible on Ebay.
The postage and packing alone totalled €1000 (£793). An anonymous buyer secured the sale last night.
@ Eurogamer
 
Ao contrário do sol, a crise quando nasce não é para todos. Parabéns a quem teve a possibilidade de a adquirir, tem um pequeno tesouro entre as mãos, mas um milhão de euros…? Custa mesmo a acreditar!
 
Como nota final, fica a curiosidade de saber se o indivíduo ou empresa que adquiriu a colecção  a pretende manter unicamente para usufruto privado, vendê-la em partes numa de tentar obter lucro ou se há a intenção de fazer uma espécie de museu ou algo semelhante.

Soon!


domingo, 8 de julho de 2012

Review : Rocket Knight Adventures


Os idos anos 90. Muitos de nós no seu início éramos meras crianças ou, em alguns casos, ainda não existíamos. Uma década de mudança na nossa história mais recente, tão perto e ao mesmo tempo tão longe. A Internet era ainda incipiente, os telemóveis eram verdadeiros tijolos e caríssimos, as cassetes de áudio e de video imperavam. No Leste Europeu, os diferentes regimes socialistas colapsam e  o capitalismo anuncia, triunfante, o fim da história e um futuro radioso sob a égide da exploração do trabalho e acumulação de capital. Era o fim da Guerra Fria e o início de uma nova era.

Foi também o início da era dos 16bit, com a chegada ao mercado da Snes e Mega Drive, da Nintendo e Sega, respectivamente. Uma era de guerra acesa pela supremacia a nível mundial, sendo que dois dos grandes trunfos de ambas as companhias eram as suas mascotes e os jogos em que estas eram protagonistas, que sempre levantavam a fasquia de qualidade a alcançar por produtoras externas. Uma dessas companhias, e das que detinham séries e títulos de elevada qualidade, era a Konami que, em 1993, edita Rocket Knight Adventures para a Mega Drive. Apesar de relativamente desconhecido, este é sem dúvida um dos grandes títulos da consola da Sega


Rocket Knight Adventures pode à primeira vista parecer um jogo banal, apenas mais um dos muitos jogos de plataformas que encheram o catálogo de ambas as consolas. Contudo, basta jogá-lo um pouco para logo se constatar que este jogo tem algo de especial e que não é apenas mais um para fazer número.


Em Rocket Knight Adventures controlamos Sparkster, um opossum cavaleiro do reino de Zebulos. Durante uma invasão do reino por parte do império Devontidos, Axel Gear, um antigo cavaleiro do reino como Sparkster mas agora renegado, rapta a princesa do reino, Sherry, e cabe a Sparkster resgatar a princesa e derrotar os planos mais obscuros dos vilões. A premissa é simples e, como justificação para a acção, é mais do que adequada.

A jogabilidade parece igualmente simples, com um botão para saltar e outro para atacar os nossos inimigos com a nossa espada. A espada, sempre que a usamos, lança um género de boomerang em energia, prolongando assim o alcance do nosso ataque.

Contudo, há um elemento novo na jogabilidade. Sparkster transporta consigo um jetpack  que lhe permite, assim que o carrega, voar em alta velocidade numa direcção determinada por alguns momentos. Para isso, basta manter premido o botão de ataque e esperar até que a barra do jetpack, que se encontra por cima da de energia, se encha. Posto isto, basta soltar o botão e ao mesmo tempo carregar numa direcção no D-pad. Se simplesmente se largar o botão após a barra estar cheia, a personagem fica a rodar sobre si mesmo durante uns instantes, ficando desta forma imune aos ataques dos inimigos.


A existência do jetpack e o seu uso em várias partes do jogo é obrigatório devido ao level design. Mas fora do uso obrigatório, permite-nos encontrar vidas e outros items ou simplesmente percorrer o cenário de forma mais rápida. Pode igualmente ser usado como forma de ataque para, por exemplo, eliminar vários inimigos de uma só vez. É no fundo uma boa adição à jogabilidade e que dá identidade ao jogo.

Os níveis no jogo são variados não só nos cenários por onde passamos, desde castelos, florestas, cavernas, o espaço, entre outros, mas igualmente na forma de jogar os mesmos. Rocket Knight Adventures é na sua essência um jogo de plataformas mas podem contar com alguns partes de níveis em formato shoot'em up horizontal. Há inclusive, numa parte específica do jogo, um combate mano a mano com dois mechas gigantes, controlados respectivamente por Sparkster e Axel Gear. Estes momentos não só estão bem conseguidos como ajudam a dar diversidade ao jogo.

Outro do campos em que a Konami se esmerou foi na sonoridade, com um excelente resultado. Esta é muito diversificada, com muitos dos níveis a ter mais do que uma melodia no decorrer do mesmo, e todas de grande qualidade. De igual modo, os diferentes efeitos sonoros estão muito bons. Por aqui se pode constatar que a Konami não se ficou por criar um jogo genérico, demonstrando empenho não só a criar uma identidade própria, mas de igual modo a proporcionar ao jogador uma excelente realização técnica.


Não podia deixar de falar de excelência técnica sem mencionar o grafismo, talvez o campo em que o jogo mais se destaca. Este está, de facto, soberbo! Os cenários, além de variados, estão muito detalhados e coloridos, cheios de pormenores no background. Os sprites das personagens estão muito bem animados e, especialmente o protagonista, muito expressivos, apresentando um tamanho razoável no ecrã e muito detalhe. O jogo até apresenta pequenas cutscenes entre alguns níveis! É notório o trabalho aqui realizado pela Konami, por certo não serão assim tantos os jogos nas 16 bit com melhor aspecto.

Há que mencionar ainda a dificuldade. Esta apresenta um bom desafio e não é nada fácil chegar ao fim do jogo, mesmo na dificuldade menos elevada. Quem estiver disposto a um bom desafio retro por certo que o encontra neste jogo.

Com a produção e lançamento deste jogo, a Konami uma vez mais comprovou a qualidade da sua equipa e dos jogos produzidos por si na era 16 bit, como já antes era notório em séries como Castlevania e Contra. O jogo pode ter passado despercebido para muita gente devido ao sucesso de Sonic e outras séries e títulos na 16 bit da Sega. Contudo, quem lhe der a oportunidade, vai aqui encontrar um título muito especial, excelente a todos os níveis, uma pequena obra prima da Konami e um dos melhores títulos não só da consola da Sega, mas de toda a geração 16 bit. Obrigatório!



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Dez, caraaaaalho!

Pois, teve mesmo que ser os dez porque ainda não chega aos trinta. O dez refere-se ao número de jogos da Wii que eu possuo, tendo alcançado hoje a sua primeira dezena. Isto sem contar com o Wii Sports e com o Monster Hunter tri que entretanto vendi, caso contrário seria o número doze, ou o dúzia, que como apelido parece mais bonito e engraçado. Mas isso são pormenores.


O feliz contemplado foi este:



Foi de aproveitar, que finalmente começam a ser vistos bons jogos a bom preço para as consolas Nintendo. Pelo que pude ver até agora, este encaixa perfeitamente nessa categoria.

Red Ring of death


Quando o pior parecia ter passado, quando já nem se ouvia falar dela, eis que a praga chega ao meu lar. É oficial: a minha Xbox360 está moribunda, como o atesta as infernais e mui rubras três luzes a piscar quando a ligo. Grande merda!

R.I.P, sweet prince. We had good times <3

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Final Fantasy IV



Terminei no outro dia, da colectânea Final Fantasy IV : The Complete Collection para a PSP, o quarto capítulo da saga Final Fantasy. Não foi uma experiência de todo nova, uma vez que já o tinha terminado na sua versão Nintendo DS, mas as versões ainda apresentam algumas diferenças e quando um jogo é de facto um bom jogo facilmente e com gosto se pode repetir. E este, apesar da sua idade, é um desses casos.

Lançado para o mercado pela primeira vez nos idos anos de 1991, este é um jrpg, pelos padrões de hoje,  bastante tradicional. Mas antes de analisar o que o jogo é hoje há que igualmente analisar o que foi no passado. Pois é por aí que se constata a importância do jogo na sua altura e o porquê de, embora não correspondendo já aos padrões de complexidade narrativa e de jogabilidade dos dias de hoje, ainda ser um  título agradável de se jogar.

O título foi um enorme salto em termos quantitativos e qualitativos no seu tempo. Não só por se apresentar numa máquina muito superior, a Snes, mas, e principalmente, por todos os desenvolvimentos a nível de jogabilidade, narrativa e profundidade de personagens. Comparado com os restantes três títulos anteriores, a evolução é óbvia.

Neste título temos uma história bem estruturada e apresentada, com alguma profundidade. As personagens que controlamos não são meros heróis, têm dúvidas, têm maus sentimentos, mas também a capacidade de redenção, coragem e sacrifício. Por certo que a narrativa e desenvolvimento das personagens não atinge o mesmo nível de muitas das produções modernas mas, tendo em conta que falamos de um jogo de 1991, não valorizar este aspecto era não estar a prestar justiça ao jogo.

Um reflexo desta maior profundidade de caracterização de personagens e que se vê presente na jogabilidade é as personagens terem uma classe (job) fixa, à excepção de Cecil, o protagonista, que por efeitos de narrativa muda de classe uma vez.

Porém, a grande novidade introduzida na jogabilidade é o sistema ATB (Active Time Battle). Com este sistema, e apesar de as batalhas continuarem a ser por turnos, o jogador ficava sob pressão na hora de atacar ou efectuar uma outra acção umas vez que, além de nem todas as personagens terem a mesma velocidade e consequentemente alguns demorarem mais tempo que outras a poderem agir, o tempo nunca parava, nem mesmo a seleccionar ataques, magias ou items, o que nos deixava expostos a ataques dos inimigos. Posteriormente, este sistema viria a ser usado em quase todos os futuros títulos da saga.

Demonstrativo da qualidade e apelo do título, e vontade de fazer dinheiro por parte da Square Enix,são os inúmeros remakes e ports a que o jogo foi submetido. Assim, e além da Snes, o jogo já passou pela WondeSwan Color, Game Boy Advance, Psx, Virtual Console (Wii) e por fim, as versões com mais elementos novos e alterações, Nintendo DS e PSP, que provavelmente no futuro terão direito a análise neste espaço.

Este é um título que pela sua qualidade e papel no desenvolvimento de uma saga em particular se apresenta como intemporal. Pode já não estar à altura dos grandes de hoje mas quem pegar nele por certo que não se arrepende. E com tanto port e remake, o difícil será escolher onde o jogar.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Box vs Box

Tumblr com vários exemplos de diferenças de capas de jogos, por vezes abismais, de região para região.

domingo, 1 de julho de 2012

Still Alive

Nunca joguei Portal (crucifiquem-me!) , mas tendo um pouco noção do jogo e de alguns momentos chaves da sua história não posso deixar de considerar esta música algo de fantástico. Muito bem conseguida, mesmo!